sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Não é tempo para bocejos.

Tá aí, finalmente um texto que não vai ser sobre você. Está bem, pelo menos não tão de imediato. Este texto é sobre o outro. E também sobre outras coisas. Coisas que vem impulsionando o meu respirar.  
Não é tempo para bocejos, porque já dormi demais. O que eu quero no momento é jogar os braços pro ar e sentir as gotas da chuva pingarem na minha pele. Quero terminar de ler "O Perfume", tomar chá dos mais diversos sabores, assistir àquela animação japonesa e perscrutar entre as ruas desconhecidas de São Paulo. Resumindo, o que eu quero mesmo é curtir. Sim, odeio este termo por transpirar tamanha superficialidade. Mas perdoe-me se superficialidade é exatamente o que eu preciso nesta fase.
Como se tais trivialidades já não bastassem para me distrair, aparece um segundo personagem. Aquele que me provoca com palavras. Ele pode ter braços firmes, ser mais homem do que eu pedi. O engraçado, porém, é que esses artifícios não surtam o efeito que deveriam. Porque ele não me intimida. Por outro lado, a atenção sufocante contrasta com o senso negligente. Não sei o que pensar, honestamente.
A minha única convicção é de que essa relação é puramente carnal. Apesar de os beijos não terem tanto gosto, eles ainda me deixam ofegante. Pelo menos por um minuto é como se aquele outro nome não existisse -Embora ainda tenha contido bravamente as lágrimas no caminho de volta para casa. Mas admito que gosto de como ele me trata de igual para igual. De quando a sua barba por fazer roça na minha pele e de quando me apoio em seus ombros ao bater o cansaço. 
Mais que isso, gosto de mim por conseguir olhar no fundo dos seus olhos sem pestanejar. E eu me assusto como a minha mente polui ao nos afastarmos... Não se sinta especial por causa disso, porém. Não me leve a mal. Tem boa índole, contudo nada de extraordinário. Não deixa de ser apenas mais um robô seguindo a grande máquina. 
Tanto faz para mim se durar um dia ou um mês (Mas, por favor, que este seja o limite máximo. Pelo amor de Deus). Contanto  que você me dê mais abraços e eu receba menos mensagens, eu estou curtinho.

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