domingo, 24 de fevereiro de 2013

Graças à ressaca, passou.

Entretanto, é uma falta de consideração surpreendente, de ambos lados. A indiferença camufla a minha dor e ódio em ser desprezada... Ah, como eu gostaria de declarar minha auto-suficiência com um "Eu não preciso de vocês!" e cuspir toda essa negligência de volta em suas caras. Mas se isso fizesse, estaria presa em uma roda de negação.
Cansada de achar que significo algo pra vocês.
Cansada de esperar pelo mínimo e mesmo assim conseguir cair de cara no chão...
É um etc sem fim. A este ponto, já deveria estar acostumada a ser tratada desse jeito.
Paradoxal é que apesar de estar tão cansada, a tola aqui ainda escreve e escreve, esperando por um sinal ou uma ligação dizendo "Eu não venho".

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

SOS.

É uma incerteza que suga toda a energia e ânimo, é sofrer por antecipação. É como estar encolhida em um dos cantos de um quarto escuro e não ver noção na vida. Ou como se sentir como aquele quadro, O Homem Velho com a Cabeça em suas Mãos.
Pela primeira vez eu encontro pessoas que compartilham dos mesmos gostos, entendem as minhas referências e não me julgam pela roupa... Mas mesmo assim, elas não surtem nenhum efeito, como o esperado. Suas risadas me esfaqueiam e as baforadas de cigarro nublam minha visão 
Começo a perceber então que na realidade o problema não são essas pessoas. E nunca foram as outras também, como um dia acreditei. Sou eu. 
Independentemente disso, meio que sem um motivo aparente, ultimamente as lágrimas vêm escorrendo aos montes, o que só faz crescer mais a culpa. E eu me pergunto se um dia eu já me senti desse jeito. Embora tenha a impressão que sim, não consigo achar uma resposta concreta.
Só o fato de usar as palavras como meio de desabafo, e não tinta e lápis, me deixa confusa. Essa montanha-russa de emoções me deixa tonta e assustada. 
Seria tão mais fácil jogar tudo pro alto. Mas por outro lado, estou cansada de ter que me deslocar e não ter um lar... Cansada de ser essa nômade, de não me achar. Fragilidade aguçada, tenho que parar de recuar a qualquer empecilho.
Em momentos como estes tento me reconfortar nos dizeres da marca e acreditar que isso também deverá passar. 
Isso tem que passar. Se não não sei se vou suportar.


Creep - Radiohead.
(Peguei pesado na música dessa vez, tô sabendo)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Feridas que coçam.

Relendo antiguidades do baú, percebo agora quão enganada estava.
Tive que ser paciente para o tempo abrir meus olhos e revelar que certas certezas sempre serão questionáveis por mais que no momento possam parecer irrefutáveis.
Hoje vejo que 
Aquilo não foi amor e que
aquele não vai sofrer.
Pois bem, as palavras "eu te amo" nunca valeram tão pouco.
Tanta conversa afiada para no fim só me restar um guarda-chuva em desuso e um clone fantasmagórico.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Oitava madrugada.

Depois das onze da noite é quando tudo piora. Com a cabeça afundada no travesseiro e os olhos ainda abertos, a noite aproveita para preencher a sua mente com pensamentos horríveis e torturantes. 
Você se pergunta onde estão tais pessoas que de alguma maneira fizeram parte de seu passado e se elas ainda pensam em você. Arrepende-se de não ter dado aquele primeiro passo. Relembra as palavras duras e os julgamentos à distância: Acaba por duvidar de si própria. Deseja ter aquele antigo "amigo" só para poder confortá-la na hora do sono. Sente-se injustamente injustiçada por aquilo que lhe falta, enquanto deveria estar contentada pelo tanto que já tem. Teme, mais do que nunca, o próximo passo que o futuro irá traçar... 
Entretanto, felizmente a experiência lhe ensinou que todas essas preocupações se tornarão distantes e até irrelevantes a partir do momento que os raios de sol se erguerem e o despertador tocar. Porque a manhã salva.
E é assim que a vida prossegue.