domingo, 7 de abril de 2013

"Vai, Bárbara! Ser gauche na vida"

Tudo o que eu vejo -seja uma imagem, uma ação, um quadro ou um momento- 
Tudo o que escuto -seja uma música, um ruído, um poema ou um tormento-
Somados a tudo o que inalo e tateio
Parecem me atingir de uma maneira diferente 
Se comparado à outrora

Sou formada de retalhos
Você pode até me chamar de cópia
Mas eu prefiro a palavra "inspiração" (sim, devo ter copiado isso de algum lugar)

Eu bem que queria ser uma dessas que se contenta em trabalhar a vida inteira em um escritório ou consultório cinzento,
Casar depois de cinco enrolados anos de namoro,
Ocupar a mente em viagens para a Disney com os filhos uma vez por ano
E se achar no maior direito de reclamar sobre a corrupção

Mas eu não consigo e nem quero seguir essa linha
Eu quero conhecer o mundo com suas maravilhas e desgraças
Quero respirar tudo o que é tipo de expressão ou arte;
Enamorar-me e descepcionar-me com as pessoas
O que eu quero é ter uma perspectiva que transcede o medíocre dessa cidade

Se você perguntar quem sou eu ainda não terei uma resposta concreta
Porém, estranhamente, sinto-me no mais puro "eu" possível

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