quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Inconsistente, consciente até demais.

A nova rotina virou velha. Pessoas antigas retornaram. Uma ou outra nova. Várias outras que se foram. 
Aquela que se foi. 
Porra amigo, vou sentir saudades. Espero que fique bem.
Sabe qual o seu problema, Bárbara? É você se importar demais. Deixar se abater por tamanhas fragilidades, coisas mínimas que para os outros são irrelevantes. 
O que aconteceu? Como você foi se tornar uma pessoa tão sensível assim? Há um ano você chegava antes mesmo de o portão abrir, sem medo dos mendigos, com chiclete na boca, ligada no botão "Foda-se". Agora está aqui, toda quebradiça, insegura, querendo ser aceita e facilmente atingida por uma palavra vinda de quem nem ao menos merece atenção.
Porém, considerando um inverno atrás também, a minha evolução é inegável. Ah, maldito afeto que transformou minha alma em emaranhados, fios grotescos e eletrecutados. 
Hoje também percebo que as formas de escapismo já não me são tão mais atraentes. Elas ainda conseguem me enganar vez ou outra, mas o conselho de Oliver Tate já não me serve por inteiro. Afinal, embora seja mais tolerável, passar pela vida se imaginando em um mundo completamente desconectado da realidade não me parece mais cabível. 
Produto disso é o meu estranhamento em relação a tudo. Principalmente a mim mesma. E pra agravar, esse baque de Alice com o mundo real ainda é siamês da síndrome de Peter Pan em se recusar a crescer. 
Enquanto isso, a mente se esforça para os orgasmos adquirirem formas e cores alucinógenas, quase como uma dança orgânica no estilo tie dye. A repulsa em alimentar ilusões chegou a esse ponto. 
A permissão para que os rostos deixem de ser embaçados chegará um dia. Mas no meio tempo, o negócio é abdicar do cobertor, evocar forças de onde quer que seja e procurar um estímulo real.



3 comentários:

  1. Bahzinha, extremamente bom.
    Não entendo o porquê desse alguém ter feito mal à ti. Nem me pertence entender...
    Mas o que sei é que essa dualidade "Alice & Peter Pan" é meio que inerente aos que se importam. O mundo adulto é mau. Transforma alguns de nossos medos em realidade. Outros ele mata. Mata até sonhos. E nós? Nós ficamos dançando essa música que nem sequer gostamos de ouvir.
    A busca pelo novo aprisiona. Porque independente da proporção que se é seguro-inseguro, a novidade envelhece rápido demais.
    O botão de "Foda-se" continua lá. Nós é que não o vemos mais. Insistimos em ser "politicamente corretos". Receamos a não aceitação social. E fragilizamos nossas ideias.
    A inquietude da mente é que valoriza o ser. E você é inquieta! Eu sinto isso em você!
    Permissividade depende do nosso grau de loucura. Loucura é um sentimento bom. Basta saber usá-lo.
    Não adianta varrer a raiva para debaixo do tapete. Tem que vomitar. Enquanto ainda estamos febris.

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  2. Babs, eu sei que o teu horário ta bem apertado por causa da tua faculdade, mas por favor faz mais um vídeo tô morrendo de saudades já! Bjos, anjo, Se cuida.

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