quarta-feira, 1 de julho de 2015

Epitáfio

15 em um ano, 34 no outro,
37 em seu age, menos 20 = 17
Para morrer finalmente nos seus cinco 
(ou seis?)

Tantas memórias detalhadas e madrugadas dilaceradas passadas em claro

Em sua soma, um novo filho estará por vir e esse pode ser o último texto aqui postado

Antes o papel, agora a luz sintética
Escrever sobre terceiros não camufla 
O meu escrever individual

Escrita para mim, de ego
Egoísta 
Egocêntrico

Pois bem, pela primeira vez não tratarei sobre minha pessoa ou 
Meus problemas, meus amores, minhas dores

Como epitáfio, eu dedico finalmente esse texto para... Você.

Para você que se sente solitário em meio a uma roda de risos
Para você que se sente perdido, sem rumo
Para você que nunca se sentiu realmente amado
Para você que teme mais que tudo nesse mundo perder alguém
Para você que perdeu esse alguém

Para vocês todos que têm a sua luta pessoal e por algum motivo vieram parar aqui 
Faço uma autocorreção após quatro anos para tranquilizá-los:
O anestésico não é eterno.



20 comentários:

  1. Ah, Bárbara, como amo teus textos!
    Se este for mesmo o fim, espero que venham logo novos começos. Tua escrita é inspiradora, por mais que seja bem ''fechada'' e pessoal, o que me faz constantemente pensar que não seria o certo deixar algum comentário.
    De alguma forma, pensei que iria vir a escrever um livro enquanto lia esse texto. Certamente seria algo maravilhoso que eu faria toda questão de comprar.
    Abraços.

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    1. Queria eu, seria um sonho escrever um livro... Muito obrigada pelo apoio, Elle! E sim, virão novos começos!

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  2. Na primeira parte do texto você escreve sobre a quantidade dos textos durante os anos e no fim menciona um dos seus primeiros textos e afirma que ''o anestésico não é eterno'' , menciona também o surgimento de um novo filho e talvez o fim deste, torço para que você tenha novos projetos, e que muitos deles possam ser compartilhados conosco, boa sorte nessa caminhada de arte e poesia, cultive seu talento para que nós e o mundo possamos contemplar.

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    1. Você interpretou certinho, Sheila! Simmmm, espero mesmo a partir de agora a voltar a escrever mais

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  3. Como já li de um outro autor certa vez: ''um bom poema não é o que a gente lê. Mas sim, o que lê a gente.'' Não sei se foram com essas palavras. Mas expressa bem o que eu senti.

    Ana

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  4. Como me senti triste ao ler, desde o título ao ponto final senti que já era o fim. E pensar que já vim aqui milhares de vezes pra me sentir menos só. São madrugas e madrugas gastas em anos por aqui. Fez parte de boa parte da minha formação de "como ser uma adolescente legal". Mas Babs é poesia e poesia sempre acha uma forma de se mostrar ao mundo. <3

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  5. Obrigado pela bad compartilhada durante esse tempo, Babs. Fins anunciam começos, espero que sejam bons. Estarei sempre por aqui - no tragicômico refúgio dos (não) desesperados te desejando o melhor.
    Já me ajudastes muito nas madrugadas da vida, vou sentir falta de me sentir entendido sem nem saber direito de onde veio haha mas sem sentimentalismos, somos capricas.
    (aliás, não é um adeus, tem ainda os textos feitos de batom em vídeo).
    bjs. <3

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    1. hahah Obrigada eu por conseguir me ler tão bem, futuro psicólogo!
      Um dia a gente ainda vai gravar vídeos juntos, acender um e falar sobre filmes bonssss

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  6. Bárbara, seu jeito de escrever me inspira, me faz querer escrever cada vez mais, me faz ter vontade de escrever igual a você, me identifico tanto com seus textos... Obrigada por escrever!

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  7. Bárbara, seus textos são ótimos, e me inspiram! Me fazem ter vontade de lê-los cada vez mais! bjss

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  8. Bárbara você é um amor, eu super me identifiquei com o seu texto com o que você nos quis passar, você é minha fonte de inspiração te adoro muito bjs

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  9. Chega ser estranho como se identificar com esses texto, como a palavra me faz sentir muita coisa, sempre te acompanhei e comecei a ler os textos recentes, mas é tão bom ler...
    Grande abraço e obrigada.

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