quinta-feira, 1 de março de 2012

Assim como Alice...

Uma vibração percorre a terra e alarma que o inevitável está por vir. Mas antes que eu possa me acostumar com tal ideia ou ao menos esboçar alguma reação, o chão se divide em meus pés.
Eu despenco.
Sim, o mesmo grande e gordo clichê de sempre, estou sabendo.
Os destroços me arrastam. Preciso agarrar qualquer objeto familiar que vejo, algo que possa me dar algum suporte. Porém eles escapam de minhas mãos escorregadias. Eu, contudo, não contra-argumento.
Todos esses olhos estão voltados a mim e a Ninguém. A especialista em ser indiferente começa a vacilar. Quem dera pudesse fazer dos "jogos flores que todos odeiam" o meu refúgio. Então, em um estalar de dedos, desligaria tal despositivo quando não mais o necessitasse, daqui a 4 meses.
Sou como um animal que se esconde em uma caverna. Um buraco negro. Nada convidativo. As minhas esmeraldas miram as presas. Não possuo corpo, só tenho olhos. Mesmo assim, os contornos estão embaçados.
Lembro-me por fim que sou míope. 
Realmente Pessoa... Não, não é cansaço. Vai um pouco além disso.

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