terça-feira, 13 de março de 2012

Vontade de fazer nada.

Preguiça extrema. A televisão me cansa, a internet tira sarro da minha cara e os livros já não tem mais sabor. E aquele sedativo tão conhecido volta a percorrer minhas veias...
Pelo menos dessa vez eu tenho a cafeína como estimulante para me manter acordada. Passo pela multidão equilibrando o pequeno recipiente com exagerada cautela. É um meio de evitar olhares e negar minha solidão. Meio inútil, entretanto, já que assim que chego no lugar seguro e congelante acabo por derrubar desastrosamente alguns pingos que mancham a minha blusa.
Reparo que os meus textos começam a se tornar repetitivos. Mesmo jogo de palavras, figuras de linguagens e frases deconexas. Nem músicas posto mais, pois são raras as que conseguem traduzir os meus confusos pensamentos. Sou a pior no que faço de melhor. Deveria começar a frequentar as aulas de Redação, contudo não há transporte para volta. E se tivesse, ainda assim não iria, honestamente.
Eu não ligo. Não choro, não rio. Pare de me seguir, julgue a minha roupa. Eu não ligo.
Queria me afundar nas cobertas e dormir por tempo indeterminado. Dormir, dormir e dormir. A melhor forma de escape...
Mas isso não é possível. Porque logo amanhã a história se repete. Assim como os incontáveis dias que se seguem. Esses dias terão fim, é verdade. É o que me consola. Até lá, porém, não quero continuar com essa sensação que aos poucos suga a minha força vital.
Toda essa tortura tem propósito e eu tenho e vou alcançá-lo. Preciso arranjar um jeito de ter que ligar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário