domingo, 17 de junho de 2012

Diário de uma ociosa.

08h00. Maldita claridade. Deitada ao sofá, as luzes da manhã me acordam de um sono profundo e desnecessário. Os raios de sol pertubam meus olhos, o canto dos pássaros fura meus tímpanos. Fecho as persianas e volto a dormir. 
NOTA: É um belo dia para se trancar e evitar o mundo a fora.
16h00. Minha cabeça lateja e sinto desprezo em relação a minha pessoa. Ingiro qualquer coisa. Qualquer coisa que sei que me fará mal: Alimentos ricos em gordura, colesterol e açúcar. Não que faça diferença, já que nem ao menos o gosto sinto.
18h00. Passo o resto do tempo me distraindo com assuntos supérfluos: Sammi, Rosemary, Bukowski. Mais Sammi do que Bukowski, é duro admitir.
21h00. Após o vapor meus poros estão nojentamente vermelhos. Faço de tudo para ignorar o espelho e torço para que no dia de amanhã eu esteja menos inchada.
0h00. Tomo chá e uma dor agoniante percorre pelo meu dente inferior.
NOTA: Estou ficando velha.
01h00. TV. Alterno entre programas para classe média baixa e desenhos nostálgicos. Os shows sensacionalistas funcionam como uma verdadeira descarga mental. E digo isso no sentido positivo, no meu caso. Enquanto assisto os desenhos, porém, é como se estivesse ao mesmo tempo próxima e distante da realidade.
Nostalgia é uma coisa estranha. Sentimento masoquista. Não sei definir se estaria mais pendente para o lado bom ou ruim.
02h00. Divagações pseudo-profundas a parte, a inspiração verdadeira desce para o ralo. Mas mesmo assim me esforço para tentar escrever algo decente. No entanto, o resultado é sempre um texto medíocre e decepcionante.
NOTA: Isso não é depressão. É tédio.

Um comentário: