sábado, 9 de junho de 2012

Não vai passar de uma página.

Nos últimos dias, conclui, pesarosamente, que necessito de ti. Te procuro em cada parede, frase, rua e Facebook; mas não encontro nenhum sinal. Às vezes fecho os olhos e tento imaginar que você foi teletransportado para próximo de mim. Ao pé da porta, seu rosto tenta compreender o que se passa. Mas quando nossos olhares se cruzam, eu não hesito: Me jogo em teus braços e selo meus lábios nos seus. Você responde, demonstrando que ansiava por este momento tanto quanto eu. Toco na sua barba e sinto a sua respiração quente, enquanto suas mãos me guiam para algo a mais. Após certo tempo, então, escuto uma risada de escárnio ao longe. A voz é feminina. Ela te chama. Sem dar satisfações, você para com os movimentos repentinamente e se afasta de mim. Simplesmente sai do ambiente, sem ao menos olhar para trás. Teria se juntado a ela? Ao pé da porta - a mesma que um dia você entrou - eu desmonto em lágrimas e espero, apática, por sua volta.
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Pois é. Ao ler estrofe acima, me parece inacreditável que já prometi jamais ser uma dessas garotas que escreve crônicas melosas sobre amor e este tipo de relacionamento... E olhe só no que me tornei.
É que somente agora os velhos "E se..." começam a bagunçar minha mente. Entretanto, acho que nomear isso como arrependimento já é forçar demais. O fato é que embora seja verdade que sinto precisar cada vez mais de ti, esta necessidade é mais psicológica do que física. E repare, a física não é tão desprezível assim. Não mesmo.
Você prefere água à café, nunca ouviu falar de Yung e faz provocações nos momentos insolentes. E mesmo assim, não sai da minha cabeça um só segundo. 
Acho que nem Freud explica.
Há vezes que me pergunto se toda essa paixão incomum foi criada por meu cérebro para dar algo no que pensar. Como se eu procurasse um novo tema para meus textos. Repito tanto e tanto o seu nome que acabo acreditando em nosso conto de fadas. Acabo por acreditar que um dia você foi inteiramente meu. Contudo, pelo menos não me parece impossível que talvez, quando eu encontrar um outro alguém em um futuro breve, nem sua voz eu lembre mais.
Confesso que estou ficando cansada. É agoniante. A distância dói e a realidade de nunca mais te ver faz não me reconhecer mais. Esta é a última vez que escrevo sobre ti.
Que venha a página dois.




He speaks about the travel
Yeah we think about the land

You need something for which to care
Sandy why can't we look the other way?

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