domingo, 8 de setembro de 2013

Setembrite.

Infinitos textos para ler
Desenhos na lista de espera
E aquele do metrô nem ao menos ligou*

Minha língua desgasta de tanto açúcar
Saliva roxa, gosto de infância (mas só gosto)

No meio da noite 
Você sorri 
Ao ler tal frase e
Se identificar 
De eixo 
A eixo

Menina tola...
Devo lembrar-lhe que não é
A primeira 
Nem a última
A amar
A sofrer
A se sentir perdida
E todas aquelas demais etapas

É digno de atenção
O fato de que
Antes de você nascer 
O mundo girava
E depois de sua morte
Continuará a girar

Então o do metrô 

Ou os doces roxos engolidos 
Não terão importância
Daqui a cem anos

Mas por enquanto,

É necessário 
Ler e desenhar 
O que restava

(*Devo acrescentar que depois ele ligou, mas isso ia quebrar com o ritmo do poema)

3 comentários:

  1. É necessário buscar, mesmo que sejamos passageiros. É nossa vida, não do mundo, mas a única que temos.

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  2. Oi Bárbara, tudo bem? A um bom tempo te acompanho e eu acho seus textos fantástico, consigo me identificar, como diz você, de eixo a eixo neles. Isso faz com que eu venha sempre no seu blog à procura de seus textos. Tenho um blog, que criei um bom tempo, que na verdade não divulgo por ser pessoal, porém seria uma honra a sua visita, já que criei um texto dias atrás tomando como base um dos seus textos, que achei fantástico por sinal. Olha, você é uma das poucas pessoas do mundo virtual que eu gostaria de conhecer no mundo real :)

    http://readaily.blogspot.com.br/

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    1. Oi Amanda, muuuito obrigada! Legal sua iniciativa, você escreve muito bem e tem excelente gosto musical também <3 Continue escrevendo! Beijos, Babs.

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