O último contato foi algo do tipo
Calças de couro
Óculos míopes embaçados
A outra parte intocável revelada
Uma ânsia descontrolável por chocolate
Trinta dias úteis sem ser ver.
No meio termo, algo do tipo
Carro sem suor
Feto com possível nome trocado
Beijos com excesso de conturbações (e língua)
Diante dessas memórias, mesmo tratando-se de mim,
Os detalhes permaneceram
Tão mínimos
Tão poucos
Pois sua vontade era o que havia de mais inconquistável
As últimas palavras foram algo do tipo
"Morrendo de saudades" - da minha calça de couro?
"Precisamos nos ver" - estava míope.
"Não vai dar" ou
"Deixa pra outro dia" ou
"A gente vai se falando"
Até acabar no derradeiro encerramento moderno -> "(:"
Saindo das metáforas,
1. Não há mágoas
2. Guardo com carinho seus carinhos
3. Boa sorte
Voltando às metáforas,
Como numa despedida nunca dita,
Seu espaço está reservado no fundo de meu peito
Embora saiba que incontáveis anônimos
Compartilham de sua fragrância
E mascam o mesmo chiclete verde limão
Veja só, não poderei mais vê-lo no fim de semana pois atualmente estou muito ocupada tendo um caso de amor com as minhas botas.
Olá, tudo bom?!
ResponderExcluirEstava passeando por ae e acabei encontrando o seu blog.
Ótimos textos, parabéns!
Eu acabei de criar um, também para amantes de leitura...
Caso se interessar: http://theshiniing.blogspot.com.br/
Obrigada!
''Veja só, não poderei mais vê-lo no fim de semana pois atualmente estou muito ocupada tendo um caso de amor com as minhas botas.''
ResponderExcluirGenial, haha.
NINGUÉM chega aos pés dos Doc Martens (trocadilho infeliz haha)
ExcluirBárbara, eu compraria um livro escrito por você. Seus texto são muito bonitos e tocam as pessoas. Já pensou em escrever um livro?
ResponderExcluirObrigada, Bruna! Já pensei sim, na verdade é um dos meus sonhos (:
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