sexta-feira, 7 de junho de 2013

Sobre novos céus

Estava tão focada na lua
Que não notei 
Como o sol também era belo

Demorou, mas percebi 
Que era dele que precisava
Para me aquecer
E derreter
A pulsação fria feito gelo

Mesmo que o primeiro selo
Não tenha sido 
Tão mágico assim
Bastou alguns toques 
Para conseguir me ganhar

Em um estalo de dedos,
Admito que os murmúrios 
E as carícias
Não desprendem mais 
De minha pele

Já escutei, senti
A sua sensibilidade. 
Oposto de mim,
Sua segurança 
Quanto as emoções
É puramente admirável

Ao mesmo tempo
Em que faço de tudo 
Para não pensar 
Nos rótulos futuros
Não posso esconder 
O monstro que teme

Teme e treme

Em apaixonar-se,
Em decepcionar-se,
Aquela velharia de sempre.

Enquanto isso,
Minha alma atordoada martela:
Espaço, E s p a ç o
Para alguém 
Tão especial...

Se por acaso eu não te procuro depois dos regozijos,
É porque temo que você se canse de mim.

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